Efeitos do autocuidado apoiado sobre os comportamentos em saúde de hipertensos durante a pandemia
DOI:
https://doi.org/10.61661/congresso.cbmev.7.2024.131Palavras-chave:
autocuidado, COVID-19, estilo de vida, hipertensãoResumo
Introdução: Muitos são os esforços que visam melhorar a qualidade do cuidado as pessoas com hipertensão e estimular mudanças no estilo de vida para redução dos fatores de risco. Entretanto, o que se percebe são resultados ineficazes e, por vezes, discretos sobre o controle dessa doença. Objetivo: avaliar os efeitos do autocuidado apoiado sobre os comportamentos em saúde de pessoas com Hipertensão Arterial (HA), durante a pandemia do Covid-19. Metodologia: ensaio clínico randomizado desenvolvido com 78 hipertensos do município de Cajazeiras – PB, no período de 2020. O protocolo de intervenção consistiu em consultas norteadas pelo autocuidado apoiado, implementado através da técnica dos 5 A’s para o grupo intervenção (GI). Foram realizadas 03 consultas presenciais e 03 no formato de telemonitoramento, que tiveram duração de 06 meses. O grupo controle (GC) seguiu o acompanhamento habitual da equipe de saúde da família. Resultados: houve mudanças significativas na prática de atividade física, gerenciamento do estresse, consumo de sódio e padrão alimentar (p <0,01) para o GI. Os níveis de pressão arterial sistólica e diastólica também expressaram melhora estatisticamente significativa (p <0,01), com percentual de controle da doença atingindo 80,0% (n= 32) em comparação aos 50,0% (n=20) da fase inicial. O GC não teve resultados significativos em nenhum dos comportamentos avaliados, evoluindo com elevação no percentual de PA não controlada e aumento significativo da pressão de pulso (p <0,01). Conclusões: os dados apresentados revelam-se impactantes quando se aborda o contexto de pandemia vivenciado no período da intervenção, onde mesmo com todos os fatores intervenientes relacionados ao isolamento e distanciamento social, o GI obteve resultados clínicos e comportamentais favoráveis em boa parte das variáveis investigadas. Assim, o estudo mostra evidências de que o autocuidado apoiado contribuiu para o controle da doença hipertensiva e elevou a quantidade de participantes que realizaram mudanças no estilo de vida.
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