Implantação da disciplina de medicina de estilo de vida no currículo obrigatório na USP - Bauru
DOI:
https://doi.org/10.61661/congresso.cbmev.6.2023.64Palavras-chave:
Estudantes de medicina, estilo de vida, medicina do estilo de vida, Doenças Não TransmissíveisResumo
Introdução: A medicina do estilo de vida tem por objetivo a promoção e manutenção de hábitos de vida saudáveis levando a prevenção, reversão e redução das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), principalmente doenças cardiovasculares, diabetes e diferentes tipos de câncer. Objetivos: Estruturar no curso de medicina um espaço que aborde os pilares da medicina do estilo de vida e sua inserção em seu projeto pedagógico de forma curricular. Métodos: Foram coletadas informações em grade e escolhido o quarto ano, no primeiro semestre o espaço onde os alunos entrariam num modulo de metabolismo, após discussão inicial da coordenação do curso e da coordenação do módulo optou-se por manter paralelamente a ele no mesmo modulo aulas de medicina do estilo de vida que foram ministradas todas as quartas feiras á tarde totalizando carga horaria final de 32 horas. Na aula introdutória foi entregue questionário exploratório de elaboração própria. Após as apresentações uma abertura oficial com a participação de um membro fundador do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida. Os alunos foram divididos em grupos. Cada grupo ocupou-se de um tema que foi exposto, em cada tema uma dinâmica. Assim iniciamos com: 1. Roda da saúde e autocuidado médico com dinâmica da própria roda: 2. alimentação e medicina culinária – dinâmicas externas com todo o grupo; 3. sono- após enquete inicial de quantas horas dormidas por cada aluno, discutimos os distúrbios do sono e abordagens e vínculos com doenças crônicas; 4. conexões e tarefas de casa que solicitaram a entrega de uma conexão profunda e uma carta para si mesmo no futuro, 5. Saúde mental e como lidamos com o stress: falamos sobre e os alunos preencheram questionários de autoavaliação; 6. Atividade Física: leram e conversaram em sala invertida com educador físico:, 7. Tóxicos: os alunos foram avaliados e discutidos os tópicos de tabaco e álcool. Resultados: Participaram 57 alunos regularmente matriculados no quarto ano. Apenas 37% dos alunos já haviam ouvido falar do tema. Destes apenas 8% conheciam os pilares. Após o curso, as mesmas perguntas foram feitas e houve incremento de 76% nos resultados. Conclusões: É de fundamental importância para o manejo de doenças crônicas que médicos sejam formados com o conhecimento técnico para lidar com a prescrição de hábitos de vida.
Referências
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