Avaliação do manejo glicêmico de usuários com diabetes em um aplicativo de saúde e bem-estar
DOI:
https://doi.org/10.61661/congresso.cbmev.7.2024.138Palavras-chave:
Diabetes, Aplicativo de Saúde, autocuidado, Medicina do Estilo de VidaResumo
Introdução: Diabetes é uma condição crônica caracterizada pela hiperglicemia persistente e seu tratamento demanda autocuidado e mudança de hábitos. Dessa forma, pessoas buscam soluções acessíveis, como aplicativos de saúde. Objetivo: Analisar a relação entre o
perfil sociodemográfico e os hábitos com o manejo glicêmico de pessoas com diabetes em um aplicativo de saúde e bem-estar. Metodologia: O acompanhamento dos usuários durou
seis meses e incluiu duas consultas com enfermeiras, uma consulta médica após a realização de exames e três consultas com nutricionistas. Os protocolos eram baseados na medicina do estilo de vida e seus pilares. Os participantes acessaram materiais educativos, chat com profissionais e uma comunidade digital. A coleta de dados ocorreu durante a
anamnese realizada pela enfermeira. Foi conduzida uma análise descritiva dos dados e da aplicação de uma matriz de correlação. O estudo está aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da USP (6.690.907). Os participantes assinaram um termo de consentimento informado digital. Resultados: 124 usuários participaram do estudo, sendo 68,5% do sexo feminino, 34% entre 46 a 59 anos e 61% da região Sudeste do Brasil. Todos fizeram pelo menos uma consulta com a enfermeira, porém apenas 39% passou com o médico e 29% passou com a nutricionista. A maioria não fez os exames (61%). Observou-se que grande
parte dos usuários com o valor de hemoglobina glicada (HbA1c) dentro da meta, nunca ou raramente mediam a glicemia (54,5%). Outro dado relevante foi que 57% das pessoas com HbA1c dentro da meta praticavam atividade física regularmente, mostrando a relação entre a prática e o manejo glicêmico. Também foi observado que a maioria das pessoas com HbA1c (75%) e colesterol total (79%) dentro das metas usam assistência privada, podendo
ser uma relação entre o acesso à saúde e esses parâmetros. Conclusão: A utilização de um aplicativo de saúde baseado em práticas da medicina do estilo de vida favorece o manejo glicêmico. No entanto, engajar pessoas com condições crônicas em uma jornada digital de saúde ainda é um grande desafio.
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