Estilo de vida de docentes do curso de medicina durante a pandemia da COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.61661/BJLM.2022.v1.82Palavras-chave:
docentes, estilo de vida, medicina, saúde, COVID-19Resumo
Introdução: A medicina do estilo de vida é um campo de atuação cada vez mais valorizado na medicina. Baseada em evidencias científicas, aborda comportamentos-chave relacionados à saúde, que são as causas raiz da maioria das mortes prematuras, doenças crônicas e custos com cuidados de saúde. Em um contexto universitário, o estilo de vida dos docentes impacta direta e indiretamente no aprendizado dos graduandos. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo compreender o cenário global do estilo de vida dos professores de medicina em uma universidade privada de São Paulo, no sentido de viabilizar futuras estratégias assertivas para melhorar o estilo de vida desta população. Materiais e Métodos: Realizou-se uma avaliação estatística de 95 docentes anônimos a um questionário online composto por 4 perguntas sobre a percepção da saúde atual, necessidade e motivação de mudança, junto ao Questionário do Estilo de Vida Fantástico, respondido entre novembro de 2021 e maio de 2022. Resultados: A partir das respostas subjetivas, destaca-se a percepção de necessidade de mudança nos pilares de atividade físico (64,2%), saúde mental/manejo do estresse (46,3%), gerenciamento do peso (46,3%) e aprimoramento do sono (35,8%). Pelo Questionário do Estilo de Vida Fantástico nota-se que 32% dos docentes apresentam um estilo de vida classificado como “regular” ou “necessita melhorar”; 89,5% dos entrevistados não cumprem a recomendação da Organização Mundial da Saúde para atividade física; 31% referem estar com 8kg ou mais acima do peso ideal; 48,4% se queixam de sono não reparador. Conclusão: Neste estudo, discutimos as possíveis associações entre as condições do trabalho, as dificuldades de manter os pilares do estilo de vida saudáveis e como um aspecto desfavorável do estilo de vida pode impactar negativamente um ou alguns pilares do estilo de vida. O melhor entendimento destas relações é crucial para traçarmos estratégias mais assertivas para a saúde dos docentes e, consequentemente, melhor formação dos futuros médicos.
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