Consumo de carne relaciona-se com desfechos em saúde mental?
DOI:
https://doi.org/10.61661/congresso.cbmev.6.2023.18Palavras-chave:
Saúde Mental, Carne, AlimentaçãoResumo
Introdução: O consumo de carne representa importante fonte dietética de macro e micronurientes essenciais para adequado funcionamento cerebral e neurotransmissão. Porém, também representa quantidades relevantes de colesterol, gordura saturada e ácido araquidônico, os quais, em dietas não equilibradas, poderiam acentuar os processos inflamatórios e aumentar o risco de depressão e outros transtornos. Objetivo: avaliar se o consumo de carne relaciona-se com desfechos em saúde mental. Metodologia: revisão de literatura em base dados Pubmed e Science Direct, descritores “Mental Health”, “Nutrition”, “Meat Consumption”, utilizados artigos dos últimos 10 anos, nos idiomas inglês e português. Resultados: Estudos divergem quanto ao impacto do consumo de carne vermelha em parâmetros de saúde mental, com resultados neutros, protetores e prejudiciais. O elevado consumo de carne vermelha também pode ocasionar alterações na microbiota intestinal, representando outro fator envolvido na fisiopatologia dos transtornos de humor. A possível relação entre menor consumo de carne com um estilo de vida mais saudável, englobando melhores escolhas alimentares e prática regular de exercícios físicos, pode representar importante limitação dos estudos. Indivíduos que evitavam o consumo de carne tinham significativamente riscos mais elevados para depressão, ansiedade e comportamentos de automutilação. Conclusão: achados não suportam a exclusão do consumo de carne como estratégia para beneficiar a saúde mental humana.
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