Nutrição e seu poder transformador na saúde mental
DOI:
https://doi.org/10.61661/congresso.cbmev.6.2023.21Palavras-chave:
Alimentação, Saúde Mental, PsiquiatriaResumo
Introdução: Saúde mental compreende um importante aspecto da medicina atual e diversas evidências vêm associando a forte relação entre a alimentação e o bem-estar mental. Objetivo: Determinar o nível de evidência entre alimentação e saúde mental, visando a implementação de medidas alimentares para mitigar a exacerbação e o aparecimento de condições neuropsiquiátricas, como uma prevenção primária. Metodologia: Revisão de literatura de artigos publicados nos últimos dez anos, utilizando as principais bases eletrônicas de dados, com publicações em inglês, português e espanhol. Foram utilizadas como palavras-chave “alimentação” e “saúde mental”. Resultados: Muitos estudos evidenciam que dietas ricas em polifenóis, gorduras poli-insaturadas e vitaminas associam-se com efeitos positivos na saúde mental, principalmente no humor, estresse, neuroinflamação e redução do risco de declínio cognitivo, principalmente em idosos. Notou-se que uma alimentação rica em gorduras e açúcares está relacionada a maior risco para manifestação de TDAH, bem como alimentos inflamatórios ao risco de depressão e ansiedade. Alguns estudos evidenciaram um menor risco de depressão à aderência da dieta mediterrânea, apresentando um efeito protetor ao desenvolvimento de possíveis transtornos. Ademais, o consumo de frutas e verduras relaciona-se com a redução do risco de déficit cognitivo e demência. Conclusão: O estabelecimento de uma dieta balanceada e saudável tem uma importante relevância na promoção de saúde mental no indivíduo de todas as idades, agindo como um fator protetivo.
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