Mortalidade prematura por DCNTs: uma análise do Brasil de 2015 a 2022
DOI:
https://doi.org/10.61661/congresso.cbmev.6.2023.42Palavras-chave:
Morte prematura, Doenças Não Transmissíveis, Doença Crônica, Estudos EcológicosResumo
Introdução: As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), ocuparam 7 lugares dentre 10 das principais causas de morte no mundo, sendo elas, doenças do aparelho circulatório, doenças respiratórias crônicas, câncer e diabetes mellitus tipo II, moléstias associadas ao estilo de vida. Considerando o impacto dessas doenças, o Ministério da Saúde elaborou o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNTs entre 2011-2022. Entre as metas estabelecidas destaca-se a redução da mortalidade prematura por DCNTs em 2% ao ano. Objetivo: Investigar a mortalidade prematura por DCNTs de 2015 a 2022, no Brasil. Método: Estudo ecológico de análise temporal da mortalidade entre 2015 a 2022. A taxa de mortalidade (tM) foi calculada a partir da seguinte equação: tM= n óbitos X 100.000/população. Resultados: Foram identificadas 2.450.264 mortes, a tM média anual foi de 146,34 e o aumento médio da tM de 0,66 ao ano, ocorrendo de maneira irregular ao longo do tempo: entre os anos de 2015 e 2017, a variação média da tM foi +0,85%, e entre 2015 e 2019, de +0,68%. 2020 destacou-se por apresentar variação de -1,03% da tM em relação ao ano anterior. Nos demais anos, a tM retomou a sua tendência crescente, de 1,96% em 2021 e 0,99% em 2022. Em números absolutos, nenhuma Unidade Federativa (UF) apresentou variação da mortalidade média inferior a 2% ao longo do período. Houve tendência de diminuição da taxa de mortalidade prematura em 6 das 27 Unidades Federativas (UFs): Pernambuco (-2,70%), Sergipe (-2,15%), Rio de Janeiro (-7,02%), Paraná (-1,52%), Rio Grande do Sul (-1,17%) e Distrito Federal (-11,55%). Conclusão: Percebe-se que, apesar da tendência de redução das taxas de mortalidade prematura em apenas 6 UFs, a meta de redução de 2% ao ano da mortalidade prematura por DCNT foi atingida por 18 UFs em pelo menos 1 ano, porém nenhuma conseguiu manter a redução de forma constante, em todos os anos, no período de 2015 a 2022, evidenciando a necessidade da elaboração de estratégias que corroborem para essa redução, de acordo com as demandas específicas de cada estado.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância à Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes e recomendações para o cuidado integral de doenças crônicas não-transmissíveis: promoção da saúde, vigilância, prevenção e assistência. ISBN 978-85-334-1479-2.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis no Brasil 2021-2030. ISBN 978-65-5993-109-5.
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