A prevalência de estresse em professores da rede pública

Autores

DOI:

https://doi.org/10.61661/congresso.cbmev.7.2024.117

Palavras-chave:

Educadores, Estresse Psicológico, Estudos Transversais, professores

Resumo

Introdução: O estresse resulta de pressões ambientais que exigem esforço para retornar à performance original. É importante avaliar a qualidade de vida dos professores a fim de capacitá-los a manejar o estresse. Objetivos: Buscou-se explorar a prevalência e intensidade de estresse em professores, relacionar esses dados com os perfis socioeconômicos e de trabalho e, a sua prevalência com ansiedade e depressão. Metodologia: Este é um estudo transversal com abordagem quantitativa realizado em uma escola pública de Ponta Grossa (Paraná). Foram incluídos 17 professores que responderam o questionário DASS-21, que analisa os afetos negativos. As respostas variam de 0 a 3 (“não se aplicou” a “se aplicou muito”) e, o total de 0 a 42 (0-10=normal; 11-18=leve; 19-26=moderado; 27-34=severo; 35-42=extremamente severo). Os dados de estresse foram relacionados ao perfil socioeconômico e de trabalho e, com a prevalência de ansiedade e depressão. Resultados: 29,4% dos participantes tiveram sintomas normais de estresse e, 29,4%, sintomas severos. No total, 70,6% tiveram algum grau de estresse além do comum. Oito (47,1%) acharam difícil se acalmar em algum grau. Todos se sentiram agitados por algum período e 5 (29,4%), na maioria do tempo. Nove (52,9%) foram intolerantes ao que os impedia de continuar o que faziam por boa parte do tempo. A média demonstrou estresse moderado (M=22; DP=11,28)  e houve correlação positiva, forte e significativa entre estresse e ansiedade (r=0,87; p<0,001) e, estresse e depressão (r=0,81; p<0,001). Discussão: As taxas de estresse em outros estudos com professores variaram de 42,86 a 76,9%. No presente estudo, 70,6% demonstrou estresse além do comum, estando em consonância com outras pesquisas. A implementação do Mindfulness pode ser uma solução para auxiliar no bem-estar e motivação dos professores. Conclusão: Houve prevalência de sintomas de estresse entre os professores dessa escola, além de haver uma forte correlação entre estresse e ansiedade e entre estresse e depressão. Porém, essas taxas devem ser replicadas à população geral com cautela, apesar de sua representatividade nessa escola.

Biografia do Autor

Helena Oles, Graduanda, Medicina, Universidade Estadual de Ponta Grossa, UEPG, Ponta Grossa, PR, Brasil

Camila Marinelli Martins, Professor colaborador, Universidade Estadual de Ponta Grossa, UEPG, Ponta Grossa, PR, Brasil

Referências

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Publicado

2024-10-23

Como Citar

1.
Oles H, Martins CM. A prevalência de estresse em professores da rede pública. Congresso Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida [Internet]. 23º de outubro de 2024 [citado 22º de dezembro de 2024];7. Disponível em: https://publicacoes.cbmev.org.br/cbmev/article/view/117

Edição

Seção

Saúde Mental e Manejo do Estresse